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03 de fevereiro de 2025 | Publicado por: Feminismos Plurais

Ancestralidade: o poder das mulheres

A ancestralidade se revela como fonte de vida, criatividade e pertencimento.

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Em razão dos muitos séculos de escravização a brasileira, muitas histórias, presentes e futuros precisaram ser apagados para que os indivíduos escravizados não adquirissem o direito de absorver perspectivas, de sonhar, de continuar desejando. Dentro de toda a violência vivenciada, o apagamento forçado de cultura, história, cheiros, cantos e encantos, marcou a identidade não só dos viventes, mas daqueles que vieram depois.

Desconstruir a mazela de dor e escuridão que o racismo fez crescer em nossa estrutura tem se mostrado uma tarefa urgente de todos que, inevitavelmente perpassa pelo resgate e pela coragem. A ancestralidade se revela como fonte de vida, criatividade e pertencimento, evidenciando a importância da memória, para que se pense o futuro. Aliado ao poder das mulheres, a ancestralidade é  transformadora.

Em seu livro, “Cartas Para Minha Avó”, Djamila Ribeiro revisita memórias de vida dialogando com a saudosa Dona Antônia, sua avó materna. Ao escolher compartilhar com o mundo suas histórias intimas assumindo sua fragilidade, foi possível mostrar as mil faces que compõe a população negra que versam muito além de histórias de dor e racismo.

Na mesma toada, Conceição Evaristo em seu conto “Olhos D’agua” nos brinda com o poder ancestral das mulheres em se refazer e resistir.

Reconhecer no hereditário e contar suas histórias é uma forma de honrar quem foi responsável por abrir caminhos de resistência e continua proporcionando novas descobertas e organização de uma identidade negra histórica, cultural e psicológica sem fragmentos ou fissuras.

Se interessou pelo tema? Esse será o próximo tema da nossa roda de conversa que vai acontecer na segunda-feira, dia 03/02 , a partir das 14h, de forma online. Acesse abaixo o link da roda e participe!

https://meet.google.com/vvt-ucff-rxm