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12 de fevereiro de 2025 | Publicado por: Feminismos Plurais

Ancestralidade: combates e conquistas

A luta pela valorização da ancestralidade negra no Brasil segue firme, pois, apesar dos progressos, ainda há muito a ser conquistado.

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A ancestralidade negra no Brasil é marcada por uma história de lutas, resistência e avanços significativos em nossa sociedade. Nossa história transborda luta desde a chegada involuntária dos trabalhadores africanos ao país. O mais forçoso trabalho nas plantações de açúcar, minas e fazendas, não os fizeram desistir de manter-se resistente as diversas formas à opressão, buscando preservar suas culturas, religiões e identidades.

Naquela época, a resistência tinha forma de quilombo, comunidades que até hoje representaram a afirmação da resistência negra, desafiando o racismo entranhando nas veias brasileiras.

Os avanços da população preta no Brasil são visíveis e palpáveis; desde a ampliação da participação política, no reconhecimento de figuras negras na cultura até a luta por direitos civis e igualdade racial. A criação de políticas públicas como a Lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas e a Lei de Cotas para o ingresso de estudantes negros nas universidades são exemplos de avanços que buscam reparar as injustiças históricas.

Em um recorte de gênero, vimos o fortalecimento do movimento feminista negro com figuras como Lélia Gonzalez e Conceição Evaristo, que passaram a questionar a invisibilidade das mulheres negras nas narrativas feministas e a propor uma luta que não separasse as questões de raça e gênero, dando visibilidade a interseccionalidade.

Ao mesmo tempo, apesar de forte marco ancestral, a religiosidade afro-brasileira e demais marcos de luta contra colonial permanecem marginalizados e sobreviventes de diárias violências por parte dos dominantes.

A luta pela valorização da ancestralidade negra no Brasil segue firme, pois, apesar dos progressos, ainda há muito a ser conquistado. A luta por políticas públicas que enfrentem o racismo estrutural, a violência de gênero e a desigualdade social continuam a ser uma prioridade da nossa comunidade.

Se interessou pelo texto? Esse será nosso próximo tema da roda de conversa que vai acontecer presencialmente na próxima segunda-feira,  dia 17/02 a partir das 14h. Participe!