Doe agora
19 de agosto de 2024 | Publicado por: Feminismos Plurais

Saúde mental das mulheres

O excesso de preocupação com a existência como mulher, em sua totalidade, é um dos fatores mais assombrosos na relação feminina com o viver além do sobreviver.

Compartilhe

Segundo estudos da organização internacional IHME (The Institute for Health Metrics and Evaluation), em 2019, foram 49 milhões de pessoas no Brasil que vivem com algum transtorno mental, causado por abuso de substâncias; desse número, 53% são mulheres, de acordo com último relatório.

Com base nesse estudo, a consultoria de equidade de gênero Think Olga, realizou uma pesquisa intitulada “Esgotadas”, e ouviu mais de mil mulheres brasileiras. O resultado é que, só em nosso país, 7 em cada 10 pessoas diagnosticadas com depressão e ansiedade são mulheres.

O estudo revelou que 91% das entrevistadas afirmaram que a saúde emocional deve ser levada muito a sério, e 76% estão buscando prestar mais atenção a isso, principalmente após a pandemia.

Pobreza, fadiga, excesso de cuidado e preocupação com o risco e ser mulher no Brasil foram os principais temas levantados na pesquisa.

O excesso de preocupação com a existência como mulher, em sua totalidade, é um dos fatores mais assombrosos na relação feminina com o viver além do sobreviver. Os papeis de gênero, ainda são responsáveis por determinarem os destinos femininos e as condições de vida das mulheres brasileiras a partir de sua origem, raça e classe.

Apesar do cenário alarmante, ainda nos deparamos com a resistência individual e pública para tratar da saúde da mulher, principalmente no que tange o viés mental. Nas últimas décadas, o Brasil tem investido em novas políticas de saúde mental, sobretudo as que integram o Programa Nacional de Promoção da Saúde Mental. Mas ainda existem desafios que envolvem tanto os termos de implementação quanto as limitações de acesso aos serviços.

Concomitantemente, os números de violência doméstica têm alcançado recordes no país e em poucos casos a saúde mental dos envolvidos tem sido tema de debate e cuidado.

Ainda que a violência psicológica esteja tipificada na Lei Maria da Penha como qualquer conduta que cause “dano emocional e diminuição da autoestima”, um levantamento do Gênero e Número, de 2019, aponta que esse ato de violência dificilmente é punido, visto que há um impasse em mensurar de que forma um comportamento ou uma ação praticada pelo agressor pode levar ao dano psicológico.

Portanto, é necessário que o debate sobre a violência doméstica e seus cuidados deva ser tratado de forma complexa e ampla, com base em uma perspectiva clínica ampliada, visando as rupturas de estruturas mantenedoras do ciclo de violência.

O conhecimento e a educação são a maior arma que temos para prevenir e nos proteger de um ato de violência, por isso conhecer a Lei e participar de campanhas de conscientização é essencial. Esse mês, o Agosto Lilás, é marcado pelo aniversário de criação da Lei Maria da Penha e é integralmente voltado para educar, informar e mobilizar a sociedade contra a violência doméstica e familiar.

Se você está vivenciando ou conhece alguém em situação de violência, não se cale e nem se culpe. Nunca. Busque ajuda e denuncie!

Se interessou pelo tema? Esse será o tema da nossa roda de conversa, que vai acontecer na próxima segunda-feira no Espaço Feminismos Plurais, no dia 16/08 a partir das 14h, na Avenida Chibarás 666, Moema.

Depois da roda você poderá esclarecer suas dúvidas relacionadas a direito do trabalho, previdenciário e de família individualmente. Espaço Feminismos Plurais e LBS Advogadas e Advogados: seu lugar de fala, seu lugar de direitos. Te esperamos a partir das 14h!
________________________________________

Contatos úteis:
COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS PARA A MULHER
Pátio do Colégio, 148 – 2º andar – sala 33 – Centro – São Paulo – SP
Fone: (11) 3291-2723 – E-mail: cpmulher@sp.gov.br
Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

DELEGACIAS DE DEFESA DA MULHER
Consulte uma DDM mais próxima de você na página eletrônica a seguir: http://www.ssp. sp.gov.br/servicos/ mapaTelefones.aspx

DELEGACIA ELETRÔNICA (On-line)
Você pode denunciar, sem sair de casa, por meio da Delegacia Eletrônica no site a seguir: https:// www.delegaciaeletronica.policiacivil. sp.gov.br/ ssp-de-cidadao/home

SOS Mulher
Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço a seguir indicado e baixe o aplicativo https://www.sosmulher.sp.gov.br/

COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DO PODER JUDICIÁRIO (COMESP)
Praça Doutor João Mendes, s/n – 13º andar – Sala 1317 – Centro – São Paulo – CEP 01501-900
Telefones: (11) 2171-4807 e (11) 3104-5521
E-mail: comesp@tjsp.jus.br/
Site: https://www.tjsp.jus.br/Comesp

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Telefone: 0800-773-4340 – entre 7h e 19h, de segunda à sexta-feira
Whatsapp: (11) 94220-9995 – as mensagens enviadas em dias úteis são lidas em, no máximo, 24h
Site: https://www.defensoria.sp.def.br/
E-mail: nucleo.mulheres@defensoria.sp.def.br

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Rua Riachuelo, 115 – São Paulo – CEP 01007-904
PABX: (11) 3119-9000 – Horário de Atendimento: das 9h às 19h
Site: http://www.mpsp.mp.br

SERVIÇOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Consulte um CREAS ou CRAS mais próximo de você na página eletrônica a seguir: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/ assistencia_social/cras/

SERVIÇOS DA PREFEITURA DE SÃO PAULO
Consulte um Centro de Cidadania da Mulher mais próximo de você no site: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/mulheres/equipamentos/index. php?p=271106
Consulte um Centro de Defesa e de Convivência da Mulher mais próximo no site: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/protecao_social_especial/index. php?p=28935